Os arranjos de pagamento de instituições financeiras estão na mira do Banco Central (BC), que publicou novas regras para o gerenciamento de riscos em serviços de pagamento ao público, entre eles os cartões de crédito e de débito. Ou seja, as bandeiras, como Visa, Mastercard e Elo, passam a ser responsáveis diretas por garantir o pagamento das transações aos usuários recebedores, mesmo que ocorram falhas nos mecanismos de proteção do sistema.
A regra determina que se houver problemas em alguma instituição participante, como um emissor de cartão (bancos, fintechs e outros) ou credenciadora (maquininhas), a bandeira deverá utilizar recursos próprios para assegurar o repasse dos valores.
Anti-fraude
O BC informou que a resolução traz comandos específicos para aprimorar a gestão de riscos de fraudes e golpes, além de medidas de prevenção à lavagem de dinheiro, ao financiamento do terrorismo e à proliferação de armas de destruição em massa.
Em vigor
Embora as novas regras já estejam em vigor, as instituições terão até 180 dias para protocolar pedidos de autorização de ajustes nos regulamentos dos arranjos de pagamento e para implementar as mudanças operacionais das bandeiras exigidas pelo Banco Central.
Movimento no varejo físico caiu 2,5% em outubro
Em outubro, o mercado de varejo físico nacional registrou queda de 2,5% de visitantes em relação ao mesmo mês do ano anterior. No entanto, no ano anterior houve crescimento de 6% ante 2023.
Embora a comparação aponte uma leve retração, a variação mês a mês do índice revela um movimento alinhado ao comportamento histórico do período. Trata-se de um padrão típico do último trimestre, quando o consumidor começa a ajustar o ritmo de compras para as campanhas de Black Friday e Natal. No período, ruas e shoppings tiveram trajetórias distintas. Enquanto o varejo de rua caiu 1,3%, os shoppings registraram avanço de 6,6%.
Demanda
Brinquedos, eletrônicos e opções de lazer, geraram um pico de demanda nesses dois mercados (ruas e shoppings), aponta a pesquisa. Em contrapartida, outros setores tendem a perder tração, o que limita o dinamismo geral do varejo fora dos centros de compras.
Atividade
Em outubro de 2025, a atividade varejista recuou na maior parte do país ante o mesmo mês de 2024. A única exceção foi o Centro-Oeste, que avançou 1,2% no período. Nas demais regiões, o movimento foi de queda: Sudeste (-2,1%), Sul (-3,7%), Nordeste (-3,1%) e Norte (-7,4%).
Dia das Crianças
O resultado reflete o comportamento observado no IICV Seed e foi impulsionado pelo Dia das Crianças, que concentrou o consumo em categorias específicas. Por ser uma data com apelo muito direcionado, o período favorece segmentos ligados ao público infantil.
Cautela
“Embora outubro tenha registrado leve retração no fluxo de visitantes, o comportamento está em linha com a dinâmica do varejo no último trimestre. O consumidor tende a adotar postura mais cautelosa antes de datas promocionais”, diz Sidnei Raulino, CEO da Seed Digital.