Em meio ao início da COP30, em Belém, que vai debater os impactos climáticos no mundo, pesquisa da Confederação Nacional dos Municípios (CNM) aponta que desastres associados às mudanças climáticas, resultaram em perdas econômicas de cerca de R$ 732,2 bilhões para os municípios brasileiros de 2013 a 2024.
Incêndios florestais, secas, inundações e deslizamentos afetaram 95% das cidades em frequência e intensidade cada vez maiores. O prejuízo vai além dos âmbitos econômico e ambiental, afeta também aspectos humanos e sociais. “Foram registradas mais de 70,3 mil decretações municipais de situação de emergência ou estado de calamidade pública, e mais de 6 milhões de pessoas precisaram deixar suas casas”, diz o estudo.
Levantamento
Participaram do estudo, por meio de formulário online, 2.871 municípios do país, número que corresponde à metade (50,6%, mais precisamente) das cidades brasileiras. Segundo a CNM, a coleta de dados ocorreu entre agosto de 2024 e março de 2025.
CNM defende atuação federativa com apoio técnico
O presidente da Confederação Nacional dos Municípios (CNM), Paulo Ziulkoski, diz ser “urgente” uma atuação federativa com apoio técnico e financeiro contínuo, de modo a fortalecer a gestão municipal de riscos e desastres.
Segundo a entidade, cerca de 67% dos municípios disseram precisar de auxílio financeiro para ações de prevenção de desastres; e mais de 70% informaram que seus gastos mensais com defesa civil “não ultrapassam os R$ 50 mil”.
Na avaliação da confederação, o fortalecimento das defesas civis locais passa pela articulação contínua entre União, estados e municípios.
Só 15%
Uma solução sugerida pela CNM é a de usar, como instrumento visando a ampliação das capacidades locais, consórcios intermunicipais que, segundo a entidade, ainda são poucos explorados pelos municípios. Apenas 15% informaram participar desse tipo de parcerias.
Funções
Somente 12% dos municípios possuem órgão próprio inserido em secretaria específica para lidar tais questões, o que dificulta as atuações locais visando proteção e defesa civil. Cerca de 49% disseram que acumulam a função de proteção e defesa civil em outros órgãos.
Pesquisas
O presidente da CNM, Paulo Ziulkoski, defende ainda que sejam realizadas conferências e pesquisas que orientem políticas eficazes de gestão de riscos. O objetivo é orientar as ações para conter os desastres climáticos com o resultado das pesquisas.
Imposto I
A Central Única dos Trabalhadores e a Força Sindical classificam o avanço da isenção do Imposto de Renda para quem ganha até R$ 5 mil, na Câmara e no Senado, como uma conquista histórica e uma vitória decorrente da luta do movimento sindical e dos trabalhadores.
Imposto II
Segundo a Força Sindical, a proposta do governo foi encaminhada ao Congresso Nacional, mas só foi aprovada após a mobilização popular. O texto com a matéria segue para sanção do presidente Lula. Já a CUT destacou que a isenção beneficiará mais de 20 milhões de brasileiros.